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Transporte público de Teresina corre risco de colapsar o sistema, diz Setut

Dentre os impasses com a Prefeitura, se destaca os constantes atrasos de subsídios e repasses financeiros

Transporte público de Teresina corre sério risco de colapsar o sistema - Foto: Reprodução

O sistema de transporte público de Teresina tem enfrentando dificuldades para o seu efetivo funcionamento. Devido à falta de soluções apresentadas pelo poder público, negociações não cumpridas e falta de repasses financeiros contratuais, necessários e de direito dos consórcios, o transporte coletivo está próximo de seu colapso, segundo o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT). 

O SETUT informou que tem cobrado ao município resoluções e atuado para evitar maiores problemas no setor, principalmente para os usuários. 

Dentre os impasses com a Prefeitura, se destaca os constantes atrasos de subsídios e repasses financeiros. De R$ 2.150.000 milhões pactuados junto ao TRT-PI, para a prefeitura repassar mensalmente aos consórcios, o poder público só vem repassando R$ 850 mil/mês. A dívida acumulada pela Prefeitura perante os consórcios, no sistema, já supera os R$ 125 milhões. 

Essa dívida refere-se à diferença na tarifa de ônibus, das gratuidades, das integrações, além do enorme transporte clandestino que está na cidade, no qual a Prefeitura não fiscaliza efetivamente. 

Vinícius Rufino, coordenador técnico do SETUT, informa a atual situação enfrentada em Teresina. "Até o presente momento o sistema ainda sofre com essa dificuldade na relação de equilíbrio econômico-financeiro, tendo um déficit calculado que supera R$ 125 milhões. O poder público ainda não fez nenhum repasse referente às suas obrigações contratuais, da atual gestão, de garantir esse equilíbrio econômico do sistema. O que temos até o momento é um pequeno auxílio referente à cobertura de parte do reajuste salarial, mas ainda insuficientes para que o sistema possa se reestruturar e garantir uma oferta de veículos independente de quantidade de passageiros transportados", afirma.

Ainda não há nenhum tipo de conversação sobre atualização de tarifa e é importante ressaltar que a Prefeitura deveria realizar o pagamento mensal de R$ 5 milhões/mês. Naiara Moraes, consultora jurídica do SETUT, reafirma que as empresas têm buscado o diálogo e demonstrado preocupação com o transporte clandestino. 

"A quantidade de passageiros transportados, que teve uma queda drástica durante a pandemia, evolui lentamente e com o transporte clandestino, esse quantitativo tem diminuído. O SETUT tem se comprometido em prestar seus serviços com qualidade e cobra que as fiscalizações sejam feitas pelo município, afim de que o sistema funcione de forma correta e sem prejuízos para o setor", conclui.

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Fonte:Meionorte.com