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Pobreza no Piauí cresce e atinge 44% da população em 2021, aponta IBGE
Pessoas em condição de pobreza são aquelas que vivem com rendimento per capita de R$ 486
Divulgação
A condição de pobreza apresentou um crescimento no Piauí durante o ano de 2021, atingindo 44,7% da população. Um crescimento de 6,3 pontos percentuais em relação a 2020, quando registrou 38,4%. É o que apontam os dados da Síntese dos Indicadores Sociais 2022 do do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que traz uma análise das condições de vida da população brasileira.
No ano de 2021, aproximadamente 1,4 milhão de pessoas estavam em condição de pobreza no Piauí, contra 1,2 milhão de pessoas em 2020, um crescimento de cerca de 200 mil pessoas a mais de um ano para o outro. Pessoas em condição de pobreza eram aquelas que viviam, em 2021, com um rendimento domiciliar per capita de menos de R$ 486 mensais no Piauí, ou US$ 5,5 por dia, conforme os parâmetros do Banco Mundial para definir a condição de pobreza. Os valores referentes à linha de pobreza não podem ser convertidos usando a taxa de câmbio do mercado, mas referem-se ao fator de Paridade do Poder de Compra (PPC).
Em 2020, o Piauí detinha o 10º maior indicador de pobreza no país, passando para a 13ª posição, em 2021. Nesse último ano, o índice de pobreza do país atingiu 29,4% e o estado do Piauí superou aquele indicador em 15,3 pontos percentuais. A unidade da federação com o maior indicador de pobreza no país, em 2021, foi o Maranhão, com 57,5%, seguido de Alagoas, com 51,7%. Por sua vez, os estados com menores indicadores foram o Rio Grande do Sul, com 13,5%, e Santa Catarina, com 10,5%.
A redução dos valores e abrangência, bem como o aumento dos critérios para concessão do Auxílio Emergencial, em 2021, provavelmente tiveram impactos sobre o aumento da extrema pobreza e da pobreza neste último ano, já que, como foi mostrado na edição da Síntese dos Indicadores Sociais de 2020, os programas emergenciais de transferência de renda tiveram importante papel na redução da pobreza e desigualdade naquele ano. Adiciona-se a esta dinâmica a ausência de uma recuperação efetiva do mercado de trabalho em 2021, que teve efeitos significativos sobre o rendimento dos domicílios, em especial dos mais pobres.