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Divulgação
Os professores das instituições privadas de ensino do Piauí (escolas e faculdades) estão discutindo a possibilidade de deflagrar greve por tempo indeterminado para chamar a atenção da sociedade e da classe patronal para a pauta de reivindicações da categoria neste ano de 2024. Os trabalhadores realizarão um ato em protesto na manhã desta quinta-feira (15) no cruzamento da Avenida Frei Serafim com Rua Goiás.
Dentre as pautas reivindicadas pela categoria estão a concessão de bolsa de estudos para filhou e/ou dependentes, concessão de férias unificadas, reajuste salarial, gratificação de qualificação, pagamento pela orientação de TCC’s no Ensino Superior e folga aos sábados para professores da Educação Infantil e Fundamental I.
o professor Marcelo Amorim, que é secretário-geral do Sindicato dos Professores e Auxiliares da Administração Escolar do Piauí (Sinpro-PI), explicou que, hoje, o salário dos professores e auxiliares da rede particular do Ensino Básico está com uma defasagem inflacionária de 5%. Os profissionais do Ensino Superior estão com defasagem salarial de 10%. Isso, segundo ele, não condiz com os ganhos que as instituições de ensino têm acumulado ao longo dos últimos anos.
“As instituições privadas de ensino vêm reajustando sistematicamente todos os anos as mensalidades entre 8% e 10%. No entanto, desde antes da pandemia a gente vem negociando abaixo da inflação. Nos últimos anos, as mensalidades subiram 47% e o nosso salário, na contramão, está é caindo. Enquanto as mensalidades sobem mesmo numa situação de crise, os nossos salários estão caindo abaixo da inflação. Por isso não tem outra maneira. Esse ato de amanhã vai ser o primeiro para começar um processo de mobilização para futuramente termos uma greve geral por tempo indeterminado”, explica Marcelo Amorim.
Em nota, o Sinpro-PI afirmou que as perdas salariais são um reflexo direto da ausência da Convenção Coletiva de Trabalho, que serve de mecanismo de proteção aos direitos da categoria. A data-base dos professores é 01 de maio, mas segundo o sindicato, a classe patronal ainda não apresentou nenhuma proposta para negociação. A categoria precisou entrar com um dissídio coletivo junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas essa ação só pode ser movida em duas situações específicas: com anuência da classe patronal ou se a categoria estiver em greve.
Em junho deste ano, o Sinpro-PI e o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Piauí (Sinepe) participaram de uma audiência no TRT para negociar a convenção coletiva. Na ocasião, a justiça deu prazo de 21 dias para que as partes chegassem a um acordo evitando a tramitação do dissídio. No entanto, segundo o Sinpro, nenhuma proposta foi apresentada até o momento.
O estado de greve dos professores das escolas e faculdades particulares do Piauí já foi aprovado pela categoria em assembleia. O Sinpro diz que pode convocar uma nova reunião para discutir a deflagração do movimento caso as partes não cheguem a um acordo.
O que diz o Sinepe
Até o momento, o Sindicato dos Estabelecimento de Ensino do Piauí (Sinepe) não se manifestou sobre as reivindicações dos professores. O Portalodia.com procurou o presidente da entidade, Leonardo Airton, mas ainda não conseguiu retorno. O espaço segue aberto para futuros esclarecimentos.