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Pilotos do Semiárido irá arcar com custos para pessoas de baixa renda se formarem pilotos comerciais Imagem: DC Studio/Freepik
Quem tem o sonho de se tornar piloto comercial pode tentar uma das vagas disponibilizadas dentro do programa Asas para Todos, do governo federal.
Pilotos do Semiárido
O curso faz parte do projeto Pilotos do Semiárido, e será realizado em parceria com a Ufersa (Universidade Federal Rural do Semiárido). A proposta faz parte do programa Asas para Todos, iniciativa liderada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e pelo Ministério de Portos e Aeroportos.
O objetivo é diversificar e facilitar o acesso de mulheres e pessoas de baixa renda ao setor da aviação civil, segundo a Anac. São oferecidas 20 vagas, sendo que dez serão preenchidas, preferencialmente, por mulheres.
Quais os requisitos?
Para participar do programa, é necessário atender aos seguintes requisitos:
- Maior de 18 anos
- Cadastro no CadÚnico atualizado
- Nacionalidade brasileira
- Ensino Superior completo ou em fase de conclusão (faltando até dois períodos para o término)
- Estar em dia com as obrigações eleitorais
- Caso seja do sexo masculino, estar em dia com obrigações militares
- Não possuir qualquer licença de piloto de avião
Como concorrer?
É preciso se inscrever até o dia 31 de maio na página do programa. Ela pode ser acessada aqui.
O processo seletivo é dividido em duas etapas. Na primeira, serão selecionados 200 candidatos, sendo, preferencialmente, 50% de mulheres.
Nessa etapa, quem estiver concorrendo passará por duas avaliações: uma em dimensão social (renda per capita familiar, se recebe Bolsa Família e se é beneficiária da tarifa social de energia elétrica) e outra acadêmica (escolaridade, rendimento acadêmico, atividades de extensão e de iniciação científica).
Em seguida, cada um dos 200 selecionados deverão prestar o exame teórico de piloto privado de avião, que será pago pela organização do programa. Desse total, os 20 primeiros colocados estarão classificados para realizar o curso, e outros 80 ficarão no cadastro reserva por três meses após o início das aulas.
O programa não oferece curso teórico de piloto privado para prestar o exame citado anteriormente. Ele não é obrigatório para a formação dos pilotos, e os candidatos podem estudar por conta própria ou em instituições credenciadas pela Anac antes da realização da prova.
Como será o curso?
As atividades serão presenciais, na sede da Ufersa em Mossoró (RN). Serão formados pilotos até a obtenção da licença de piloto comercial, que permite o exercício de atividade remunerada.
Além do curso teórico, serão oferecidas: horas práticas de voo e habilitações para realizar voos em avião monomotor, multimotor, voos visuais e por instrumentos, além de conhecimentos técnicos da língua inglesa, exigidos em algumas empresas e auxiliam no cotidiano dos pilotos.
Ao todo, serão quase 200 horas de voo práticas a serem realizadas no aeroporto Dix-Sept Rosado, em Mossoró. O curso deverá ser concluído em até 32 meses.
É bom destacar que as bolsas apenas se referem ao pagamento das horas de curso, de voo e às bancas examinadoras. Todos os alunos deverão demonstrar a capacidade técnica necessária para exercer as atividades normalmente.
Incentivo similar já ocorreu
Em 2008, a Anac já havia distribuído bolsas de estudo para formar pilotos. À época, foram 135 oportunidades, sendo que 71 foram destinadas a pilotos privados e 64 para cursos de aviação comercial.
À época, a agência anunciou que iria bancar 75% do valor das horas de voo necessárias para a obtenção dos certificados. Apenas aeroclubes do Rio Grande do Sul foram inscritos no programa naquele ano.