-
Incêndio atinge hospital e mata 10 recém-nascidos na Índia
-
Pai morre após salvar filho de afogamento em Luís Correia
-
Rafael Fonteles apresenta protocolo de recuperação de celulares e Piauí Saúde Digital durante evento em Portugal
-
Sesapi comemora recertificação do Brasil como zona livre de sarampo e reforça a importância da vacina
-
Carretinha da Saúde inicia atendimentos para crianças no município de Jurema
Divulgação
Mulheres grávidas em situação de vulnerabilidade são uma das parcelas da população mais impactadas pela crise climática. O calor intenso é fator que influencia sobremaneira na gravidez e na saúde das mães e dos bebês. A prefeitura de Teresina e o Fundo de Populações (UNFPA) da ONU estão desenvolvendo uma pesquisa para medir esses impactos na população local e essa experiência foi debatida na manhã desta terça-feira (28), na programação do CLIMATHE24 – 2ª Conferência do Clima de Teresina.
De acordo com a oficial do programa de Gênero, Raça e Etnia do UNFPA/ONU, Luana Silva, a partir desse estudo, Teresina será um case para o mundo. “A gente observa Teresina como um modelo que pode ser replicado no mundo inteiro, especialmente nas taxas de mortalidade materna nos meses mais quentes do ano. Temos um memorando de entendimentos com a prefeitura de Teresina pensando em justiça reprodutiva, em mulheres em situação de vulnerabilidade, as migrantes venezuelanas e o envelhecimento. O Brasil deixou de ser um país jovem para ser um país em envelhecimento”, afirma.
O aquecimento global, com o aumento das temperaturas, tem impacto direto na mortalidade materna porque escala o risco de aumento da pressão arterial e, por consequência, de pré-eclâmpsia, que é a maior causa de mortalidade materna no Brasil. Esse impacto na gestação reflete na saúde dos bebês também porque a tendência é que eles nasçam desidratados.
Para além da saúde, tem o impacto social e o aumento nos índices de violência contra mulheres e meninas, no acesso das mulheres a serviço e contraceptivos. Ano passado, a ONU divulgou relatório “Justiça reprodutiva, justiça climática e população afrodescendente” e nele constam dados sobre o impacto do aquecimento global nas gestates e nos serviços prestados. “Teresina está organizando esse evento com a participação de diversas secretarias também porque essa é uma pauta integrada e criou um comitê de justiça climática. Estamos focando nesse apoio, orientando pesquisas sobre isso e no financiamento para desenvolver as ações”, disse.
A programação do CLIMATHE24 segue durante toda esta terça, com uma mesa redonda e um conversatório com o tema “Justiça Climática: o desafio da adaptação em territórios vulneráveis”. Também foi abordado o tema “Conjuntura atual e abordagens inovadoras do mercado de carbono” e, na parte da tarde, “Biodiversidade em foco – desafios diferentes, ações conjuntas” e “Outros mecanismos espaciais eficazes de conservação: estratégias e diretrizes de implementação”.