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Divulgação
Uma pesquisa recente realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) indicou que 46% dos brasileiros acreditam que a situação do país está melhor em 2024 comparado ao ano anterior. Este número é idêntico ao registrado na pesquisa de abril. O levantamento, denominado Radar Febraban, foi conduzido pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre 28 de junho e 4 de julho, e incluiu 2 mil participantes de todas as regiões do Brasil. O objetivo do estudo é captar as percepções e expectativas da população sobre a economia e prioridades nacionais.
Quando questionados sobre o restante do ano, 55% dos entrevistados mostraram-se otimistas, acreditando que a situação do país vai melhorar, enquanto 23% esperam que tudo permaneça como está. Desde fevereiro de 2023, esse otimismo tem se mantido acima dos 53%.
A inflação continua sendo uma preocupação significativa para 73% dos entrevistados, que afirmaram que os preços dos produtos subiram nos últimos seis meses. Apenas 8% notaram uma redução nos preços, e 1% acredita que a inflação se manteve estável.
Comentário de especialista:
O sociólogo Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, comentou sobre o equilíbrio entre otimismo e cautela: “Embora a população sinta uma melhora na situação geral, a persistência da alta nos preços de alguns produtos e serviços ainda afeta o seu poder de compra, moderando o entusiasmo.”
Situação pessoal e familiar:
A pesquisa também revelou que 42% dos entrevistados consideram que sua vida pessoal e familiar está no mesmo nível do ano passado, enquanto 39% sentem que houve uma melhora. A percepção de piora subiu ligeiramente de 17% para 19% entre abril e julho. Para 67%, a vida pessoal e familiar deve melhorar até o final de 2024. Em termos de endividamento, 38% esperam estar menos endividados do que em 2023, 36% não veem mudanças, e 23% acreditam que estarão mais endividados.
Expectativas econômicas:
De acordo com o Radar Febraban, 59% dos entrevistados acreditam que tanto a inflação quanto o custo de vida continuarão a aumentar, e o mesmo percentual espera um aumento nas dívidas pessoais. Além disso, 58% preveem um aumento nos impostos, e 50% acreditam que a taxa de juros subirá. Por outro lado, 36% dos entrevistados esperam um aumento na disponibilidade de crédito, e 31% acreditam que o poder de compra das pessoas crescerá. No entanto, 38% temem que o desemprego aumentará, e 30% esperam um aumento nos salários.
Prioridades de investimento:
Quando perguntados sobre como investiriam recursos extras, 53% dos brasileiros disseram que gastariam em moradia, seja comprando (34%) ou reformando (19%). Outros 46% optariam por poupar ou investir em bancos (21% em poupança e 25% em outros tipos de investimentos). Outras áreas de interesse incluem a educação pessoal e familiar (12%), viagens, compra de carro (8%), melhoria no plano de saúde (8%), aquisição de eletrodomésticos ou eletrônicos (5%), compra de motocicleta (3%) e seguros de carro, casa ou vida (2%).