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Divulgação
A operação Grima II da Polícia Federal, deflagrada no Piauí, resultou na apreensão de cinco carros de luxo pertencentes a um advogado suspeito de participar de um esquema de fraude à previdência social. Este advogado já havia sido alvo na primeira fase da operação, na qual outros seis veículos foram apreendidos. A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz) da PF, revelou que o esquema não se restringia ao Piauí, estendendo-se também aos estados do Maranhão, Ceará e Goiás.
O modus operandi do esquema envolvia o advogado negociando com gestores públicos a recuperação de valores pagos à previdência, sob um sistema semelhante a cashback. O advogado firmava contratos com as prefeituras, estipulando honorários que podiam variar de 20% a 30% do montante recuperado pela prefeitura através da operação. A fraude ocorria ao falsificar guias de recolhimento para inflacionar o valor do cashback obtido. Posteriormente, os valores eram devolvidos pela previdência ao município, e o advogado e os gestores públicos envolvidos se beneficiavam do montante indevidamente recuperado.
A investigação estima que o esquema causou um prejuízo superior a R$ 50 milhões à previdência social. Na operação atual, além da apreensão dos carros de luxo, foram recolhidos documentos que podem ser cruciais para a continuidade das investigações.
Um dos alvos da operação foi preso em Goiás, embora sua residência principal fosse no Piauí. Segundo o delegado responsável, a prisão ocorreu devido à suspeita de tentativa de fuga, visto que as circunstâncias de sua mudança de localidade não foram esclarecidas para a polícia.
Essa ação da Polícia Federal visa desmantelar um esquema complexo que envolve corrupção e fraude contra a previdência, abrangendo múltiplos estados do Nordeste e Centro-Oeste brasileiros.