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Divulgação
Uma joalheria localizada na esquina das ruas Paissandu e Rui Barbosa, no Centro de Teresina, foi assaltada por quatro homens armados por volta das 8h45 da manhã desta quarta-feira (16). A ação, rápida e violenta, durou menos de um minuto e foi registrada por câmeras de segurança.
Os criminosos chegaram vestidos com roupas escuras, bonés e máscaras. Nas imagens, é possível ver a entrada repentina do grupo, que imobiliza as pessoas que estavam no local e recolhe joias com extrema agilidade.
José Antônio, amigo das funcionárias da loja, acabava de chegar quando foi abordado pelos assaltantes. “Quando eu levantei a vista para a porta, eles já entraram. Um me deu um choque na cintura, o outro levantou minha blusa pra ver se eu estava armado e o outro veio com uma arma na minha cabeça”, relatou. Os assaltantes teriam imaginado que ele fosse segurança do local.
Durante o assalto, a filha da proprietária, que também trabalha na joalheria, foi agredida ao tentar esconder o celular. “Eles viram que eu tava mexendo no celular e o rapaz pediu. Só que eu tinha jogado o meu celular no chão. E aí foi o momento que ele pediu o celular e já foi me dando um tapa na cara”, contou a funcionária, que entregou aos criminosos um aparelho que não funcionava.
Em meio à ação criminosa, um dos assaltantes tentou puxar uma das vitrines, acreditando que fosse móvel. Ao perceber que a estrutura era fixa, acabou derrubando o móvel, que caiu sobre a perna de José Antônio e fez um forte barulho. O som chamou atenção de quem passava pela rua. “Eles se assustaram com o barulho porque, quando caiu, todo mundo que tava na rua olhou para dentro da loja para ver o que tava acontecendo”, lembrou ele.
A sensação de insegurança aumentou com a demora no atendimento policial. Segundo funcionários, o primeiro grupo da polícia só chegou ao local cerca de 30 minutos depois — e de bicicleta. “Depois de quase meia hora, chega uma polícia que ainda vem de bicicleta. A polícia de bicicleta e eles estavam passando por coincidência", afirmou uma funcionária.
A proprietária da loja, Cruz Maria Lima, atua há mais de sete anos no Centro de Teresina e fez um desabafo sobre a constante insegurança na região. “A gente vive numa guerra todos os dias aqui nesse centro. Trombadinha, lanceira, é toda hora. Não tem polícia aqui. Governo, prefeito nenhum tem interesse do Centro continuar funcionando”, disse. “A gente tem medo de perder a própria vida. Isso é o maior patrimônio.”
Ela também criticou a ausência de policiamento permanente na região. “Só temos segurança em dezembro, para mostrar que temos segurança. Depois eles retiram todo o policial. Se eles podem botar os policiais durante o mês de dezembro, por que não botam permanentes?”, questiona.
O caso foi registrado em boletim de ocorrência, e a Polícia Civil informou que irá investigar. Até o momento, nenhum suspeito foi preso.