Um policial militar do Piauí está sendo investigado por suspeita de aplicar golpes em colegas de trabalho e seus familiares, resultando em prejuízos estimados em mais de R$ 2 milhões. O militar teria se passado por um representante de uma empresa de investimentos, prometendo altos rendimentos e captando grandes valores de suas vítimas.

De acordo com a Corregedoria da Polícia Militar, existem dois procedimentos administrativos em andamento para apurar as acusações. O policial foi afastado de suas funções enquanto as investigações estão em curso. Em nota, a corporação reafirmou seu compromisso com a transparência e a integridade, assegurando que todas as medidas legais necessárias estão sendo adotadas.

O policial se defendeu afirmando que está em constante contato com as vítimas e que os problemas com os pagamentos foram causados por atrasos no banco vinculado aos investimentos. Ele alegou que fez transferências de valores para garantir o serviço prestado e que não era responsável pelos R$ 2 milhões em prejuízos mencionados.

As vítimas relatam que o policial atuava como trader, enviando extratos que mostravam supostos lucros e realizando transferências iniciais para ganhar a confiança dos investidores. No entanto, após essas primeiras operações, os pagamentos cessaram e as promessas de altos rendimentos não foram cumpridas. Uma das vítimas, que também é policial militar, contou que fez um investimento que chegou a R$ 246 mil e que, após um período de pagamentos regulares, o policial parou de cumprir com os acordos, alegando problemas bancários e bloqueios da Polícia Federal.

Além disso, ao investigar a situação, as vítimas descobriram que os extratos bancários fornecidos pelo policial eram falsos. Ao contatar um amigo em comum, perceberam que ele também havia sido enganado e que seu extrato bancário não correspondia aos valores reais. As vítimas reportaram o caso à Polícia Civil, que agora está investigando a situação.

A Corregedoria da Polícia Militar ressaltou que o policial foi afastado até a conclusão das investigações, e que as denúncias foram registradas na Polícia Civil. A reportagem também apurou que o policial participou de uma audiência no 24º Distrito Policial, onde firmou um acordo para ressarcir uma das vítimas. O cumprimento desse acordo será monitorado pela delegacia, e caso ele não seja respeitado, um inquérito poderá ser instaurado para investigar o crime de estelionato.

Em resumo, o caso do policial militar que supostamente aplicou golpes em colegas e familiares continua sob investigação, com desdobramentos que envolvem o afastamento do acusado e esforços para reparar os danos causados às vítimas.