Uma audiência pública para discutir a revisão nos limites de decibéis estabelecidos pela Lei do Silêncio em Teresina deve acontecer na próxima sexta-feira (15). A solicitação foi feita pelo vereador Capitão Roberval Queiroz (União Brasil) que é autor do projeto de lei para alterar a legislação em vigor desde 2006. 

“É de suma importância para que os profissionais da música possam trabalhar, principalmente após uma pandemia dessa, na qual eles ficaram parados. E a gente percebe que os 50 dB, o qual é colocado na lei, é insignificante para que eles possam trabalhar. Se a gente colocar hoje um liquidificador e colocar o aparelho próximo, ele já ultrapassa esses 50 dB. Então, essa casa nós colocamos e pedimos aos vereadores para que eles sensibilizassem com a situação desses pais de família, esses profissionais que precisam trabalhar”, declarou capital Roberval. 

O parlamentar propôs que os novos níveis estipulados para as zonas residenciais fiquem em 150 decibéis nos três turnos e que a medição pelo decibelímetro será a 150 metros do aparelho ou equipamento gerador.

O texto foi lido nesta manhã em plenário. A sessão foi acompanhada por um grupo de músicos da capital. 

Cássio Bruno, Presidente da Associação dos Músicos do Piauí, disse que o limite entre 120 e 150 seria razoável para que a categoria siga trabalhando em Teresina. Caso a flexibilização não seja aprovada pelos vereadores, para ele, será o fim da música ao vivo na capital. 

“Se essa lei continuar com 55, a classe toda vai parar porque a operação está aí, está entrando nas casas de shows, está notificando os músicos, o dono de som, está levando a mesa. Então, está impossível. Agora, principalmente agora final de ano, que os músicos poderiam trabalhar mais e está complicado trabalhar. A gente está sendo impedido de trabalhar devido ao 55 que a operação está cobrando”, declarou.