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Divulgação
O Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella (IDTNP) foi destaque no Anuário do Ministério da Saúde com duas pesquisas realizadas por médicos da unidade de saúde. O IDTNP tem se consolidado como uma referência nacional no tratamento e na pesquisa de diversas doenças. Os médicos Marcelo Adriano Vieira e Kelsen Eulálio abordaram temas como Febre do Nilo Ocidental (FNO) e micoses.
O médico Marcelo Adriano, que também é consultor externo do Ministério da Saúde, participou de uma pesquisa sobre a Febre do Nilo Ocidental (FNO). A pesquisa ganhou grande importância porque o Piauí foi o primeiro estado do Brasil a registrar um caso humano confirmado de FNO em 2014, no próprio Hospital Natan Portella. Desde então, o estado acumula cerca de 200 casos prováveis e 10 casos confirmados da doença, distribuídos em oito municípios. Além disso, um caso de acometimento neurológico em cavalo também foi confirmado em Parnaíba.
“Esta pesquisa é muito importante para produzir e disseminar informações sobre a Febre do Nilo Ocidental, já que o primeiro caso foi diagnosticado aqui no Piauí, no Hospital Natan Portella. E isso oferece um olhar aprofundado sobre essa doença e suas implicações, o que contribui para a compreensão e condução do trato da FNO no país”, afirmou o médico.
Marcelo Adriano também é coordenador da Gerência de Epidemiologia do IDTNP e acrescenta a importância de tais pesquisas no hospital: “O setor de epidemiologia está sempre atento a todas as notificações que são repassadas. O caso de Febre do Nilo Ocidental é um exemplo deste trabalho atento. As pesquisas que desenvolvemos aqui contribuem para o conhecimento epidemiológico e a possibilidade de prevenção destas doenças”, ressaltou Marcelo.
Já o médico Kelsen Eulálio, outro destaque do Anuário do MS, colaborou com dois capítulos da publicação. Sua expertise concentrou-se em pesquisas sobre coccidioidomicose e paracoccidioidomicose, enriquecendo o conhecimento na área médica.
“São duas micoses sistêmicas consideradas doenças negligenciadas. Essas doenças afetam uma parcela importante da população e acometem as pessoas menos favorecidas social e economicamente. A paracoccidioidomicose é a micose sistêmica mais importante da América Latina e o Brasil é o país com maior número de casos. Muito embora a paracoccidioidomicose não seja própria do Piauí (é uma doença típica de áreas úmidas, com cobertura florestal, como Mata Atlântica e Floresta Amazônica), o Instituto Natan Portella foi identificado como o hospital brasileiro que mais diagnosticou e internou pacientes com a doença ao longo de uma série histórica de mais de 10 anos. Geralmente os pacientes são lavradores”, afirmou Kelsen.
Segundo Kelsen Eulálio , a coccidioidomicose é o oposto da paracoccidioidomicose, é um fungo de regiões áridas e semiáridas. “No Brasil, os casos dessa micose estão restritos à Região Nordeste. O Piauí é o estado com maior número de casos da doença e o Hospital Natan Portella é uma referência também no tratamento desta doença", declarou.
O diretor geral do IDTN, Jurandir Martins, destacou que a publicação reflete o comprometimento e a dedicação dos médicos, consolidando o hospital como uma referência nacional no tratamento de diversas doenças.
“A qualidade das pesquisas realizadas pelos profissionais do instituto não apenas impulsiona a compreensão de diversas doenças, mas também reforça o compromisso com a excelência no atendimento e na pesquisa médica. O que reforça a relevância do nosso hospital no panorama nacional, destacando-se como uma referência crucial no tratamento e estudo de variadas doenças”, concluiu o gestor.