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Controladores de voo decidem deflagrar greve reivindicando reajuste salarial
Aqui em Teresina, movimento deve mobilizar cerca de 50 profissionais da navegação aérea. Categoria fala em atrasos de voos.
Divulgação
Os trabalhadores da navegação aérea do Brasil decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado após a assembleia realizada na última sexta-feira (21). Em todo o Brasil, cerca de 1.700 profissionais paralisarão suas atividades. Aqui em Teresina, aproximadamente 50 funcionários que atuam no aeroporto devem aderir à greve.
Os trabalhadores da navegação incluem profissionais controladores de voo, meteorologistas aeronáuticos, operadores de estação de rádio, técnicos de manutenção, profissionais de informação de voo, entre outros. A categoria reivindica reajuste salarial e melhoria no custo do plano de saúde.
Durante a assembleia da semana passada, 97% dos profissionais votaram a favor da deflagração da greve; 4,37% votaram contra e 1,5% se abstiveram de votar.
A greve dos trabalhadores da navegação aérea vem após a falta de avanços nas negociações entre os profissionais e a empresa pública NAV Brasil. Essas negociações acontecem desde abril deste ano. Conforme relatou Lucas Borba, representante do Sindicato dos Trabalhadores na Proteção ao Voo (SNTPV), o reajuste que a empresa propôs aos funcionários não repõe as perdas acumuladas.
“A empresa apresentou apenas 3,06% de reajuste salarial, incompatíveis com a inflação no período (8,5%) e com as perdas acumuladas já na casa dos 35% nos últimos cinco anos. Sem contar com o custo do plano de saúde, que, com uma mudança de modalidade, chega a impactar até 80% do salário líquido de alguns profissionais”, explica.
Lucas Borba lembra também que a categoria tem tido perdas de adicionais noturno, de férias e de horas extras. A categoria chegou a propor uma mediação junto ao Ministério Público do Trabalho, mas mesmo diante disso, não houve um retorno satisfatório por parte da empresa.
Entenda como a greve pode afetar você
Os profissionais do tráfego aéreo brasileiro atuam em cerca de 30% das operações de voos. Com a paralisação, boa parte dos voos serão afetados com atrasos. “Nós fazemos a segurança para quem decola e quem pousa nos aeroportos. É um serviço especializado, com gente capacitada. Podem haver voos atrasados e um certo congestionamento aéreo, sobretudo neste período de férias. Mas frisamos que não nossa intenção provocar um caos. Estamos apenas pedindo a valorização da nossa categoria”, afirmou o controlador de voo Ulisses Nogueira.
A empresa NAV Brasil ainda não se posicionou a respeito da greve dos profissionais do tráfego aéreo. O espaço segue aberto para futuros esclarecimentos. A reportagem do Portalodia.com procurou a CCR Aeroportos, administradora do Aeroporto de Teresina, para saber se a empresa se pronuncia sobre o assunto. A reportagem aguarda um retorno.
Fonte:Portalodia.com