Após uma semana de temperaturas acima da média, a onda de calor atingirá seu ápice nesta quinta-feira (16), com previsão de recordes em Brasília, Goiânia, São Paulo e Vitória, alcançando máximas entre 36°C e 42°C, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Quinze estados e o Distrito Federal permanecem em alerta de "grande perigo" devido às altas temperaturas, com o aviso meteorológico vigente até sexta-feira (17).

Essa quarta onda de calor do ano no Brasil, impulsionada por um El Niño intenso e pelos efeitos do aquecimento global, tem se destacado, exacerbando as temperaturas na primavera. As condições atingirão seu auge, podendo resultar em novos recordes de calor em quatro capitais, enquanto Curitiba sentirá o impacto, com máxima de até 32°C, embora sem previsão de recorde.

Em algumas localidades, como Campo Grande e Vitória, os termômetros podem marcar as temperaturas mais altas do ano até sexta-feira (17), atingindo 39°C e 37°C, respectivamente. O pico da onda de calor ocorre quando ela alcança sua maior abrangência, afetando o maior número de estados com a massa de ar seco e, consequentemente, elevando as temperaturas ao máximo.

Após esse ápice, a meteorologista do Climatempo, Maria Clara Sassaki, explica que as temperaturas começarão a diminuir gradualmente. Entretanto, ela alerta para a chegada de temporais na sexta e sábado, especialmente no Sudeste e na região do Paraná, devido a uma forte área de instabilidade associada a uma frente fria.

CHUVAS NO SUL

O contraste entre essa frente fria e o calor intenso é propício para a formação de nuvens e a ocorrência de tempestades. Além disso, o bloqueio causado pela massa de ar seco e quente continua a provocar tempestades no Sul do Brasil, com previsões indicando grandes acumulados de chuva, ventos intensos e até queda de granizo, principalmente entre o norte do Rio Grande do Sul e o sul do Paraná. As instabilidades devem persistir entre quinta e sexta-feira, marcando o fim da sequência de dias quentes e secos.