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Elisvaldo Silva cobra respeito ao Estatuto e defende reconstrução da legitimidade no Corisabbá

Divulgação
O conselheiro fiscal do Corisabbá, Elisvaldo Silva, se pronunciou de forma contundente sobre a crise administrativa que atinge o clube e anunciou que não será candidato à presidência na assembleia marcada para esta quarta-feira (16), às 19h. O motivo, segundo ele, é a falta de condições legais e estatutárias para a realização do pleito.
Estatuto ignorado
Elisvaldo aponta que a atual gestão descumpre o Estatuto Social desde 2019, com destaque para a ausência de prestação de contas e da publicação da lista de Sócios Proprietários aptos ao voto — requisitos fundamentais para a realização de eleições válidas.
“Como validar um processo eleitoral sem saber quem pode votar? Como confiar numa gestão que não presta contas há anos?”, questiona. Para ele, essas falhas comprometem a credibilidade da instituição e colocam em xeque qualquer tentativa de renovação sem correção de rumos.
Propostas para um novo Corisabbá
Apesar da decisão de não concorrer neste momento, Elisvaldo apresentou um plano de reestruturação com base em quatro pilares:
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Eleições regulares e estatutárias, com ampla participação dos sócios;
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Implementação do Sócio Torcedor com direito a voto, aprovado em fevereiro de 2024 e nunca colocado em prática;
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Transparência na gestão, com publicação periódica de contas;
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Profissionalização do futebol, com foco em desempenho técnico e gestão responsável.
“Em 2019, entreguei uma ferramenta para regularizar o quadro de sócios. Foi ignorada. Não por desconhecimento, mas por decisão política de não seguir o Estatuto”, declarou.
Projeto engavetado
A criação do programa de Sócio Torcedor com direito a voto, aprovada de forma unânime pela assembleia, nunca saiu do papel. Elisvaldo classifica o abandono do projeto como um erro estratégico e simbólico: “Era uma chance de envolver a torcida e fortalecer o clube financeiramente. Foi desperdiçada.”
Ele garante que, se houver nova oportunidade e as condições forem legítimas, o programa será uma das primeiras medidas a ser executada.
Um novo caminho
Elisvaldo reafirma que sua trajetória no clube foi pautada por cobranças e propostas que não avançaram por falta de abertura da diretoria. “Minha candidatura só virá quando houver condições reais de um processo democrático. Eu não sou a continuidade. Sou a mudança com base no Estatuto, na ética e no respeito ao torcedor.”
Recado à torcida
Ao final da entrevista, deixou uma mensagem direta aos torcedores:
“O Corisabbá não pertence a grupos, nem a dirigentes de ocasião. O clube é da torcida, da comunidade, de quem ama essa camisa. A luta pela legalidade continua. Vamos reconstruir a credibilidade do nosso time, com transparência e participação.”