Polícia

Thiago: herdeiro acusado de agredir modelo é preso

Empresário viajou para Dubai em setembro, após virar réu por agressão em academia. Brennand era procurado pela Justiça de São Paulo, que decretou a prisão dele por ele não ter entregado o passaporte até 23 de setembro.

O empresário Thiago Brennand Tavares da Silva Fernandes Vieira em imagem de arquivo. — Foto: Reprodução/Instagram

A Interpol prendeu o empresário e herdeiro Thiago Brennand Tavares da Silva Fernandes Vieira, que estava foragido desde setembro. Ele virou réu por agressão após aparecer em um vídeo agredindo a modelo Helena Gomes em uma academia de São Paulo. A Justiça havia decretado a prisão dele por ele não ter entregado o passaporte até 23 de setembro. 

A informação da prisão, que ocorreu na quinta-feira em Dubai, nos Emirados Árabes, às 14h (21h no horário de Brasília) foi confirmada nesta sexta à reportagem pela Polícia Federal e pela delegada Ivalda Oliveira Aleixo, da Divisão de Capturas do Departamento de Operação Policiais Estratégicas (Dope) da Polícia Civil de São Paulo.

Segundo a delegada, a Polícia Federal (PF) cuidará da vinda do empresário ao Brasil. "Ainda estamos falando com a PF para saber como será esse trâmite, já que o procurado foi detido em outro país", falou Ivalda.

O caso de agressão, com as imagens de dentro da academia, foi revelado no mês passado pelo Fantástico. Depois disso, novas denúncias com relatos de estupro, cárcere privado, agressões e ameaças a outras mulheres vieram à tona.

Brennand também enviou e-mails com intimidações para uma promotora e obrigou mulheres a tatuarem as iniciais do nome dele, "TFV".


Réu por lesão e corrupção de menor

Brennand, que tem 42 anos, virou réu por lesão corporal contra uma mulher e corrupção de menor de idade. No pedido liminar negado nesta semana pela Justiça, a defesa alegou que ele está sendo "caçado como troféu ao combate à violência contra mulher".

“Não há por que suspender o decreto de custódia cautelar, um vez que o paciente encontra-se em país com distância suficiente do Brasil a se poder afirmar que, inegavelmente, enquanto se analisa as pretensões aqui deduzidas não se dará o cumprimento do decreto de prisão”, escreveu o relator Maurício Henrique Guimarães Pereira Filho.

Thiago também teria enviado e-mails aos Ministério Público e reclamado sobre a maneira que seu nome foi escrito.


Prisão preventiva

A prisão foi decretada por ele ter descumprido uma decisão judicial e não ter se apresentado para entregar o passaporte num prazo de dez dias já vencidos. Thiago viajou em 3 de setembro para Dubai, nos Emirados Árabes. Segundo sua defesa alegou à época, ele voltará ao Brasil em 18 de outubro.

Ele embarcou no avião antes de a Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público e torná-lo réu pelos crimes de crimes de lesão corporal e corrupção de menores no caso que envolve uma aluna da Bodytech. A Promotoria também o acusa de incentivar o filho dele, menor de 18 anos, a ofender a mulher, de 37 anos.

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Fonte:https://g1.globo.com/