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Polícia investiga se há relação entre mortes de jovem e cabeleireiro Rivaldo

Divulgação

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informou nesta terça-feira (26) que está investigando a possível relação entre o caso de um homem encontrado morto dentro de um carro com restrição de roubo ou furto na Estrada da Alegria, zona rural Sul de Teresina, na manhã de segunda-feira (25), e o caso do cabeleireiro Rivaldo Silva Barreto, que morreu após ser espancado na Vila da Paz, zona Sul da capital, na noite de sábado (23).

O homem encontrado morto no carro foi identificado como Elismar Fernandes da Silva, de 23 anos, que foi assassinado com dois tiros, um deles atingindo o olho. Ele era natural do município de Santa Inês, no Maranhão, e, segundo sua mãe, que não teve o nome divulgado, o jovem era dependente químico. Informações apuradas pelo repórter Felipe Reis, da TV Meio Norte, indicam que os dois homens moravam próximos.

A polícia investiga se Elismar Fernandes teria sido um dos autores do espancamento de Rivaldo. Testemunhas afirmam que o cabeleireiro foi confundido com um estuprador e depois agredido por populares. 

O coordenador do DHPP, Francisco Costa, conhecido como Barêtta, confirmou que a mãe de Elismar formalizou seu depoimento, mas ainda não há informações suficientes para afirmar uma informação concreta diante da relação entre os casos. "Ela explicou que ele havia vindo morar com religiosos em Teresina há quatro anos, mas depois saiu e alugou uma casa na cidade. A mãe relatou que tinha pouco contato com o filho devido ao vício em drogas. Tudo está sendo investigado e, mais tarde, teremos mais respostas sobre se há realmente uma relação ou não com o crime de espancamento", relatou.

Barêtta também informou que o DHPP investigará a conduta da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) durante o socorro ao cabeleireiro Rivaldo. A Diretoria de Enfermagem e Geral do SAMU também iniciou um procedimento de apuração. Imagens mostram Rivaldo com diversos hematomas e com dificuldades de subir em uma maca diante de dois funcionários do SAMU e três policiais militares durante o atendimento, antes de ser encaminhado ao hospital, onde veio a falecer.

“É necessário investigar se houve dolo ou culpa por parte dos profissionais envolvidos. A polícia está aguardando o laudo cadavérico e vai realizar outras diligências para esclarecer os fatos”, falou o delegado.