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Divulgação
Na manhã de segunda-feira (29), a Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão, resultando na apreensão de um computador vinculado à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em posse do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ação teve como foco possíveis destinatários de informações coletadas de forma ilegal pela Abin.
O responsável pela autorização dos mandados é o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. As investigações da Polícia Federal levantam suspeitas de que, durante o mandato de Jair Bolsonaro, a Abin teria atuado como um canal de coleta de informações de maneira ilegítima, sem a devida autorização judicial.
Além disso, há indícios de que a agência também teria fornecido informações falsas, posteriormente disseminadas por perfis ligados à extrema direita, com o objetivo de difamar instituições e autoridades.
Os mandados foram executados em diferentes localidades, totalizando nove ações:
- Rio de Janeiro (RJ): 5
- Angra dos Reis (RJ): 1
- Brasília (DF): 1
- Formosa (GO): 1
- Salvador (BA): 1
A busca realizada em Angra dos Reis ocorreu no mesmo local onde Jair Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo em suas redes sociais no último domingo (28). O ex-presidente e seus filhos estavam na residência pela manhã e deixaram o local utilizando uma embarcação.
Carlos Bolsonaro, atualmente vereador e em seu sexto mandato consecutivo na Câmara Municipal do Rio, foi mencionado por Mauro Cid, ex-braço-direito de Jair Bolsonaro, como o responsável pelo chamado "gabinete do ódio". Esta estrutura paralela, segundo as alegações, foi montada no Palácio do Planalto para atacar adversários e instituições, incluindo críticas ao sistema eleitoral brasileiro.