Polícia

Aumento de pessoas presas no Piauí é um desafio para o sistema carcerário, diz secretário

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O aumento do número de prisões realizadas no Piauí no último ano tem causado impacto significativo nas penitenciárias estaduais. Em entrevista ao Cidadeverde.com, o secretário de Justiça, Carlos Augusto, revelou uma situação de superlotação, mas ressaltou a importância das operações policiais que tem proporcionando um aumento da população carcerária no estado. 

“Temos 17 penitenciarias no Piauí apenas, todas elas já estavam superlotadas. Recebemos 1.500 pessoas no ano passado, aproximadamente, desde que assumimos [...] Isso tem impactado e nos trouxe um grande desafio, um desafio de lidar com a quantidade de prisões que temos tido no Piauí, mas entendemos que é para o bem da sociedade", disse o gestor.

Um dos fatores relacionados a esse aumento da população carcerária está ligada ao aumento das ações de repressão da Polícia Civil do Piauí (PC-PI). No ano passado, o Departamento de Repressão às Ações Criminosas (Draco) efetuou um total de 510 prisões, 442 mandados de busca e apreensão domiciliar ao longo de 81 operações policiais deflagradas. 

Diante desse cenário, o secretário pontua que vem tratando a questão com muita “transparência” e apoio do governador Rafael Fonteles (PT). Segundo ele, há um cronograma para reformas e a construção de novas unidades prisionais. “O governador autorizou a construção de mais três presídio e temos a previsão de abrir mil vagas até 2025”, pontuou. 

Exemplo disso é a e ampliação da Penitenciária Regional Irmão Guido, localizada em Teresina. Todos os pavilhões da unidade penal, o anexo e a área de triagem estão sendo reformados, o que deve aumentar a capacidade de lotação para 374 vagas. “A população carcerária é crescente, mas a medida que formos reconstruindo, vão surgindo novas vagas”, frisou Carlos Augusto. 

O secretário ainda citou a reforma e ampliação da Penitenciária Regional Luiz Gonzaga Rebêlo, em Esperantina, e a construção de um presídio em Buriti dos Lopes. “Certamente vai nos trazer uma possibilidade de, pelo menos, classificarmos os presos do norte do estado. Lá será uma unidade de segurança máxima, com um protocolo de segurança mais rígido”, concluiu.