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Divulgação
Nesta semana, será a vez dos piauienses estrearem nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Os três representantes do Estado - Rayssa Veras, da Esgrima em cadeira de rodas; Keyla Barros, do Paratletismo e Luís Carlos Cardoso, da Paracanoagem -entram nas disputas em busca de medalhas nesta semana.
Já nesta terça-feira (3) Rayssa Veras estreia na Esgrima em Cadeira de Rodas, onde ela vai disputar luta na prova de sabre, a espada de 1,05m e que pesa cerca de 500g. No sábado (7), a teresinense volta para buscar medalha, na luta com espada. Estreante em Paralimpíadas, Rayssa Virgínia Carvalho Veras começou na modalidade em 2016 em um projeto de extensão da Unicamp, no interior de São Paulo, depois de percebida por um professor. Uma cirurgia malsucedida, na tentativa de corrigir um problema no pé terminou resultando em uma amputação, o que não a afastou da prática esportiva. Principais conquistas: campeã brasileira na espada, bicampeã brasileira no sabre, tricampeã brasileira no florete, ouro no florete e na espada no Campeonato Regional das Américas 2022, e campeã da América no sabre em 2024.
Na sexta-feira, os outros dois paratletas piauienses iniciam a busca por medalhas: Keyla Barros vai correr na prova dos 1.500m categoria T20. Também estreante em Paralimpíadas, Antônia Keyla da Silva Barros que foi atleta-guia da maratonista baiana Edneusa Santos, que representou o Brasil na modalidade em mundiais e nos Jogos de Tóquio 2020. Em 2019, foi diagnosticada com deficiência intelectual. Participou de competições como os Meetings e Circuito Nacional Loterias Caixa, realizadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em todo o território do país. Principais conquistas: Prata nos 1.500m no Mundial de Kobe 2024; prata nos 1.500m no Mundial Paris 2023; prata nos 1.500m no Global Games França 2023 (Virtus) e prata nos 800m no Grand Prix Chile 2021.
Luís Carlos Cardoso também estreia na sexta, quando acontecem as eliminatórias das provas do KL1 200m com caiaque. Caso avance de fase, Luís vai para as semifinais que serão disputadas no sábado (7). O mais experiente em Paralimpíadas dos três, Luís Carlos Cardoso da Silva é natural de Picos, ex-dançarino profissional, que integrava o grupo do cantor Frank Aguiar. Luís perdeu os movimentos das pernas, em 2009, devido a uma infecção na medula. Pouco tempo depois, descobriu a canoagem, modalidade pela qual conquistou várias medalhas: prata no caiaque no Campeonato Mundial em Halifax 2022, prata no caiaque nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, prata no caiaque no Mundial em Copenhague 2021, entre muitas outras conquistas.
As Paralimpíadas são o evento esportivo realizado a cada quatro anos para atletas com diferentes graus de deficiência. Surgiram em 1960, sendo resultado da utilização do esporte como ferramenta para reabilitação de deficientes. A primeira participação brasileira foi em 1972, e nossa primeira medalha veio em 1976.