Esporte

Julgamento de Neymar: promotoria tira acusação e pede absolvição do jogador

A Promotoria decidiu retirar as acusações por considerar que não existem indícios suficientes de que crimes foram cometidos.

Na semana passada, Neymar chegou a ser interrogado presencialmente - Foto: Nacho Doce/Reuters

O Ministério Público da Espanha retirou nesta sexta-feira todas as acusações que havia formulado contra Neymar, seus pais e dirigentes do Santos e do Barcelona. A promotoria pediu que o jogador e os demais réus no julgamento do caso sejam absolvidos.

Por supostas irregularidades na transferência de Neymar do Santos para o Barcelona, em 2013, a promotoria havia pedido pena de cinco anos de prisão para o jogador e multas milionárias para os pais de Neymar, dois ex-presidentes do Barcelona (Sandro Rosell e Josep Bartomeu) além de punições para o ex-presidente do Santos, Odilio Rodrigues. 

No entanto, na penúltima sessão do julgamento, a Promotoria decidiu retirar as acusações por considerar que não existem indícios suficientes de que crimes foram cometidos. 

"Não há provas, nem indícios, só suposições. Pode ser que tenham sido violados o Código Civil do Brasil ou regulamentos da Fifa, mas não o Código Penal da Espanha", disse o promotor responsável pelo caso.

Nas redes sociais, na manhã desta sexta, Neymar postou a manchete sobre a decisão da promotoria e escreveu: "Acredite em si mesmo e Deus mostrará o quanto és forte."

Na semana passada, o jogador chegou a ser interrogado presencialmente no julgamento, em Barcelona, e afirmou que foi seu pai quem cuidou de todos os detalhes da transferência do Santos para o Barcelona. "Assino tudo que ele manda", disse Neymar na semana passada.

Tal desfecho, porém, não muda a situação das acusações formuladas pela empresa brasileira DIS, que era dona de 40% dos direitos econômicos de Neymar em 2013 e argumenta ter sido lesada na negociação.

Na próxima segunda-feira (31 de outubro), último dia previsto para o julgamento, deve sair a sentença dos juízes sobre as acusações formuladas pela DIS – que também pede a prisão de Neymar e multas milionárias para os demais réus. 

A defesa de Neymar sempre argumentou que o crime de corrupção entre privados, que é a base da acusação, não existe no Brasil, onde os contratos relativos à transferência do jogador foram assinados. E portanto não haveria como punir os réus.

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