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Jair Bolsonaro depõe nesta quarta-feira (12) à PF sobre plano golpista de Marcos do Val
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será ouvido pela Polícia Federal no inquérito que apura as declarações do senador Marcos do Val (Podemos-ES) sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Alan Santos/PR
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será ouvido pela Polícia Federal no inquérito que apura as declarações do senador Marcos do Val (Podemos-ES) sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. O depoimento, marcado para às 14h desta quarta-feira (12), visa confirmar se o ex-mandatário teve alguma participação na articulação do plano.
Caso compareça, esta será a quarta vez em que Bolsonaro prestará depoimento à corporação neste ano. Até o momento, o político foi questionado sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro, sobre as joias que entraram no Brasil de forma ilegal vindas da Arábia Saudita e sobre fraudes no registro de vacinação contra covid-19.
Em fevereiro, Marcos do Val afirmou que foi convidado por Bolsonaro e pelo ex-deputado Daniel Silveira a gravar uma conversa com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. A intenção era fazer o ministro dizer alguma declaração "comprometedora" para conseguir anular o resultado das eleições presidenciais.
Pouco tempo depois, Marcos do Val mudou a versão da história, tentando minimizar o suposto envolvimento de Bolsonaro no caso. Ele alegou que não foi coagido pelo ex-presidente a participar do plano, uma vez que o político ficou calado durante todo o diálogo. "Fui conversando e não vi para onde eu estava entrando", disse.
Ao ser ouvido pela Polícia Federal no inquérito, no entanto, o senador declarou que, durante a conversa, o ex-presidente não teria mostrado contrariedade ao plano golpista.
Em junho, Marcos do Val foi alvo de um mandado de busca e apreensão devido às declarações. Atualmente, o senador está sendo investigado por associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e Organização Criminosa e por divulgar documentos sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Fonte:SBT News