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Divulgação
A Polícia Federal amanheceu esta quarta-feira (04) cumprindo ordens judiciais para investigar crime de contrabando de produtos eletrônicos e lavagem de dinheiro. Os alvos são do Piauí, Bahia e Pará. Aqui no Piauí estão sendo executados oito mandados de busca e apreensão e até o momento a PF não informou se foram feitas prisões. O esquema conta com a participação de servidores públicos. Um foi afastado do cargo na Bahia e três no Pará.
A operação, batizada de Handbrake, tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em contrabandear produtos eletrônicos de alto valor para estados do Nordeste. Além dos oito mandados de busca no Piauí, mais seis mandados estão sendo cumpridos na Bahia e no Pará. A justiça autorizou ainda o bloqueio de R$ 20 milhões em bens e valores dos investigados.
Em nota, a Polícia Federal deu detalhes de como funcionava o esquema. A organização criminosa contava com a participação de indivíduos responsáveis por subsidiar a saída de produtos no exterior e outros encarregados do recebimento e posterior distribuição dos eletrônicos no Brasil.
Os servidores envolvidos na fraude eram lotados na Receita Federal da Bahia e do Pará. Segundo a Polícia Federal, como funcionários públicos, eles tinham a função de fiscalizar os produtos que chegavam do exterior. No entanto, por fazerem parte do esquema, eles acabavam não executando esta fiscalização de modo a facilitar o contrabando. Uma vez afastados dos cargos, eles serão responsabilizados administrativamente por suposto envolvimento com os alvos da investigação.
O inquérito que balizou a Operação Handbrake iniciou em janeiro deste ano, quando a PF prendeu em flagrante três integrantes do grupo criminoso responsáveis pelo transporte de aparelhos eletrônicos irregulares. Na ocasião foram formalizados procedimentos em Juazeiro, Bahia; Belém do Pará e Guarulhos-SP. Estima-se que a quadrilha tenha movimentados R$ 70 milhões entre abril de 2023 e agosto de 2024.
Os investigados poderão responder por organização criminosa, descaminho, contrabando, facilitação de contrabando e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem chegar a 39 anos de prisão.